1918
» Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, então capital federal, no bairro do Catete.

1939
» Deixou o curso de Medicina para dedicar-se à pintura.
» Iniciou o convívio com outros pintores, ficando amigo de Carlos Scliar, Enrico Bianco e Roberto Burle Marx. Frequentava, juntamente com os amigos, o Vermelhinho, famoso bar na Rua Araújo Porto Alegre, no Centro do Rio de Janeiro, onde conviveu com jornalistas, escritores e poetas, artistas, músicos, arquitetos e grupos de intelectuais cariocas.

1940
» Tornou-se amigo do poeta Murilo Mendes.

1941
» Foi selecionado para o Salão Nacional de Belas Artes - Divisão Moderna, no qual obteve Medalha de Prata em desenho e pintura.

1942
» Apresentado por Murilo Mendes, iniciou amizade com Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szènes, exilados no Brasil por causa da Segunda Guerra Mundial. Participou do Grupo Dissidente, juntamente com jovens artistas egressos ou que se negavam a ingressar na Escola de Belas Artes.

1943
» Conheceu Oscar Niemeyer, que lhe encomendou projeto para os azulejos externos do Teatro Municipal de Belo Horizonte. A obra ficou inacabada e o painel não foi realizado. Tornou-se amigo do escritor Lúcio Cardoso.

1945
» A convite do pintor Cândido Portinari, trabalhou como assistente na execução do painel de São Francisco de Assis, na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte. Estagiou no ateliê do mestre, no Rio de Janeiro, até o final do ano.

1946
» Causou grande polêmica crítica - antagonizando com as opiniões de Santa Rosa e Quirino Campofiorito - com sua segunda exposição individual, realizada na sede do Instituto de Arquitetos do Brasil.

1948
» Obteve bolsa de estudos do governo da França. Seguiu para Paris, onde frequentou os cursos de desenho da Académie de la Grande Chaumière e de litografia no ateliê de Jean Pons.

1949
» Recebeu Menção Honrosa em concurso de desenho na Cité Universitaire, que teve como júri: André Lothe, Dennys Chevalier, Emmanuel Auricoste e Marcel Grommaire. Participou do álbum Dix Artistes de l'Amérique Latine, organizado por Carlos Scliar, editado pela Maison de L'Amérique Latine. Em novembro, retornou ao Rio de Janeiro.

1950
» Fez parte do júri do Salão Nacional de Belas Artes, juntamente com Antonio Bento, Augusto Rodrigues, Burle Marx, Gastão Worms, Joaquim Tenreiro, Paulo Werneck, Percy Lau, Santa Rosa e Ubi Bava.

1951
» Visitou a I Bienal Internacional de São Paulo, que lhe causou grande impacto.

1952
» Foi admitido como funcionário do Ministério da Educação e Cultura (MEC), no Serviço de Documentação, sob orientação de Simeão Leal.
» Desenhou capas e fez ilustrações para revistas, catálogos e para livros, entre eles A Descoberta do Outro, de Gustavo Corção, O Encontro Marcado e A Cidade Vazia, de Fernando Sabino. Desenhou o cenário de O Coração Delator, adaptação teatral de Lúcio Cardoso para o conto de Edgar Allan Poe.
» Realizou suas primeiras fotomontagens.

1953
» Intensificou seu trabalho com a arquitetura de interiores, incentivado pela escultora Maria Martins. A convite do diretor Martim Gonçalves, realizou os figurinos da peça Todo Mundo e Ninguém, de Gil Vicente, para O Tablado, grupo de teatro de Maria Clara Machado.

1955
» Iniciou uma efetiva colaboração em projetos do arquiteto Oscar Niemeyer, quando foram realizados os azulejos externos do Hospital Sul América, atual Hospital da Lagoa, no Rio de Janeiro.
»  Realizou os figurinos da montagem da peça Tio Vânia, de Anton Tchecov, por O Tablado, dirigida por Geraldo Queiróz.
» Desenhou capas para as revistas Brasil Arquitetura Contemporânea e Módulo de Arquitetura, colaborando com esta última até 1958.

1956
» Desenhou capas de discos produzidos por Irineu Garcia, entre elas a do monólogo As Mãos de Eurídice, de Pedro Bloch, com Rodolpho Mayer, e das gravações fonográficas dos poetas Vinicius de Moraes e Paulo Mendes Campos.
» Realizou a grande fotomontagem, com 3 x 12 m, para painel no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro.

1957
» A convite de Oscar Niemeyer, foi requisitado do MEC para a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap), criada pelo presidente Juscelino Kubitschek. Começou sua colaboração nos projetos de Brasília.

1958
» Em agosto, transferiu-se para Brasília com Oscar Niemeyer e sua equipe.
» Realizou os azulejos da Igrejinha de N. S. de Fátima e do Brasília Palace Hotel.

1959
» Realizou o painel de pintura do Brasília Palace Hotel e a pintura do teto da Capela do Palácio da Alvorada.

1960
» Foi inaugurada a nova capital brasileira, Brasília, onde obras de sua autoria podiam ser vistas em diversos edifícios públicos.

1962
» Realizou os primeiros trabalhos de colaboração em projetos do arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé.

1963
» A convite de Darcy Ribeiro, passou a lecionar no Instituto Central de Artes da Universidade de Brasília, sob coordenação de Alcides da Rocha Miranda.

1965
» Participou do movimento de protesto que culminou na demissão de mais de duzentos professores da Universidade de Brasília.

1966
» Projetou o relevo externo do Teatro Nacional Claudio Santoro, executado em 1967.

1967
» Realizou o painel de azulejos da Torre de TV de Brasília, projeto arquitetônico de Lucio Costa.

1969
» Recebeu, do Conselho Superior do Instituto de Arquitetos do Brasil, o título de sócio benemérito, pelo "alto nível de seu trabalho de integração das artes com a arquitetura".

1970
» Desenhou os figurinos do Auto da Lapinha Mágica, de autoria de Luiz Gutemberg, encenada como teatro de rua em Taguatinga e outras cidades-satélites.

1971
» Em junho, foi para Paris, a convite de Oscar Niemeyer, com quem trabalhou em projetos na França, Itália e Argélia. Retornou ao Brasil em dezembro.

1973
» Voltou a Paris, outra vez a chamado de Oscar Niemeyer, ali residindo de março a dezembro.

1974
» Um catálogo sobre sua obra de integração da arte com a arquitetura foi editado em Genebra, Suíça, com projeto gráfico de Jean Petit, pela Éditions Rousseau.

1975
» Intensificou sua colaboração com o arquiteto João Filgueiras Lima, por meio de inúmeros projetos para o Hospital Sarah Kubitschek, especializado em recuperação motora.

1978
» Desenhou os figurinos e objetos de cena da ópera Ahmal e os Visitantes da Noite, de Gian Carlo Menotti, a primeira montada integralmente em Brasília, com produção da Escola de Música e da Associação Ópera Brasília, coordenada por Asta-Rose Alcaide e com cenários de Giselle Magalhães. A Associação de Cultura Inglesa, de Brasília, organizou a mostra Panorama Geral 1943-1978, em homenagem a seu aniversário de 60 anos e aos seus 35 anos de atividade artística.

1979
» Intensificou sua participação em exposições coletivas e individuais, no Brasil e no exterior.

1981
» Foi nomeado representante da Região Centro-Oeste no Conselho Nacional de Artes Plásticas, da Funarte, com mandato até 1983.

1984
» Por meio de assinatura de manifestos, doações de obras para leilões e declarações públicas, participou ativamente dos movimentos civis pela volta das liberdades democráticas ao país.

1988
» Foi reintegrado à Universidade de Brasília pela Lei da Anistia, onde lecionou, no Instituto de Artes, até receber aposentadoria compulsória, em 1990.

1989
» Foi condecorado com a Ordem de Rio Branco, pelo governo brasileiro, por serviços prestados à cultura do país.

1990
» Recebeu, do governo do Distrito Federal, a Medalha Mérito da Alvorada, por sua contribuição para a consolidação de Brasília.

1991
» Recebeu homenagem da Associação Brasileira dos Pesquisadores em Artes, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

1992
» Recebeu o Prêmio de Cultura, pela totalidade de sua obra artística, da Fundação Comunidade, em Brasília.

» Foi criada, em Brasília, a Fundação Athos Bulcão, para a qual fez doação de um acervo de obras de sua autoria e de seu arquivo. As atividades da Fundação iniciaram-se com a realização da mostra Retrospecto, no Palácio Itamaraty.

1994
» O Museu de Arte de Brasília, então dirigido por Maria Luiza de Carvalho, organizou a mostra Integração Arte e Arquitetura.
» Participou da exposição Bienal Brasil Século XX, organizada pela Fundação Bienal de São Paulo, na qual foi mapeado o panorama das artes plásticas brasileiras neste século.

1995
» A convite do Ministério da Cultura, integrou a Comissão de Curadoria da exposição Coleções de Brasília, juntamente com Célia Corsino, Lauro Cavalcanti e Marcus de Lontra Costa. A mostra reuniu obras dos acervos públicos da capital federal.

1996
» Recebeu do governo brasileiro a Ordem do Mérito Cultural, em cerimônia no Dia Internacional da Cultura.

»  Recebeu o Diploma de Reconhecimento do Instituto dos Arquitetos do Brasil, departamento do Distrito Federal, por sua obra em prol da arquitetura nacional.

1997
» Recebeu o título de Cidadão Honorário de Brasília, por iniciativa da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
» O VI Fórum Brasília de Artes Visuais, organizado pela Fundação Athos Bulcão, teve como tema Athos Bulcão: Cor e Forma, Arte e Arquitetura, com realização de seminário e oficinas de arte. No decorrer do Fórum, foi realizada a exposição Presença na Paisagem, que reuniu a visão pessoal de 22 fotógrafos de Brasília sobre a obra pública do artista.

1999
» A Universidade de Brasília concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa em 20 de janeiro.
» Foi condecorado como Comendador da Ordem de Rio Branco pelo Presidente da República.
» Recebeu a Honra ao Mérito do Rotary Club Brasília Alvorada.

2002
» Realizou o painel em madeira laqueada da Biblioteca do Ministério da Saúde, em Brasília.
» Realizou o painel decorativo para o saguão de entrada do Edifício Libertas, em Brasília.
» Projetou a segunda etapa do Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, também em Brasília.

2004
»
Recebeu, do Governo do Distrito Federal, o Título de Embaixador de Brasília, em reconhecimento ao relevante papel na promoção da Capital Federal.

2006
» Foi promovido a Grande Oficial da Ordem de Rio Branco.

2007
» Compareceu à inauguração do painel do restaurante Piantella, uma reprodução do painel em relevo da Sede Social do Clube do Congresso.
» Compareceu a uma homenagem no Brasília Fashion Festival, no Museu Nacional da República, em Brasília, onde contemplou uma exposição de suas fotomontagens.
» Compareceu ao Café dos Pioneiros, no Brasília Palace Hotel, onde foram entregues o painel de azulejos e o afresco parietal restaurados.
» Integrou a edição do Clube de Colecionadores de Gravura, do Museu de Arte Moderna de São Paulo.

2008
» Foram lançados selo e carimbo dos Correios e Telégrafos em comemoração aos 90 anos de vida do artista e aos 50 anos da sua chegada em Brasília.
» Morreu aos 90 anos, no dia 31 de julho de 2008, no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília.
Estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 e faleceu após uma parada cardiorrespiratória.
» Athos Bulcão foi condecorado, pela segunda vez, com a Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República. O Ministério da Cultura rendeu-lhe homenagem na classe Grão-Cruz, in memoriam.

2009
» Realizou-se a exposição Athos Bulcão - Compositor de Espaços, no Museu Nacional do Conjunto Cultural da República, a primeira em sua homenagem in memoriam. 

Athos Bulcão é inserido como conteúdo obrigatório da disciplina de artes conforme as Orientações Curriculares da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal para o Ensino Fundamental - Séries e Anos Iniciais.

 


Conheça as obras de Athos Bulcão em nossa Galeria Virtual

Fundação recebe mostra da artista brasiliense Polyanna Morgana

© 2006 - 2014. Fundação Athos Bulcão. Direitos Reservados.
W3 Sul CRS 510, Bloco B, Loja 51 - Asa Sul - Brasília, DF. - Telefones: (61) 3322-7801, (61) 98435-9726 (WhatsApp loja) ou (61)99530-8031 (WhatsApp escritório)
E-mail: fundathos@fundathos.org.br
Horário de funcionamento: de segunda a sexta-feira, das 09h às 18h, e sábado, das 9h às 14h.